sábado, 13 de março de 2010

"E esta é a maior censura, aquela que não tem cura, que nasce dentro do autor"

Eu tô querendo voltar a escrever com frequência aqui no blog, realmente estou. Venho lembrando do quanto era fácil pra mim, expor opiniões, e o quanto deixou de ser de um tempo pra cá. Não sei exatamente o que acionou essa trava de segurança, essa censura que eu tenho para comigo mesma, ou talvez até saiba... talvez eu saiba, mas isso não é importante. O importante aqui é o ato em si, e não as consequências (veja bem, estou falando do "aqui" que equivale a "onde escrevo").
O que eu quero dizer é que simplesmente quero dizer, entende? Mesmo que diga errado, quero voltar a cantar sem me preocupar se estou desafinando, quero jogar fora a borracha.
Tenho pensado muito nisso ultimamente: no fato de não conseguir mais escrever aqui no blog. Não com a mesma voz que escrevia antes, agora escrevo em falsete. Não sei se tô ficando velha, louca, retardada, ou se as drogas me sequelaram mesmo (sempre culpe o álcool, o cigarro e seus primos de segundo grau dele {não, aqui não é erro, é "seus dele" mesmo, pra chamar atenção pro faCto de quem são os primos de quê}).
Pode ser alzheimer também. Uma vez, respondendo a uma prova de literatura, eu comecei a escrever a palavra sob. Parei e pensei "Sob? Isso deve tá errado... bê mudo aí? Essa palavra não existe, deve ser sobre". E sob é super comum no meu dicionário. Já esqueci de piores, mais comuns, digo eu. Mas agora esqueci das que esqueci, por isso não poderei dar exemplos. O que me consola é saber que se ainda não esqueci da escrita de alzheimer, muito grave o que eu tenho ainda não é.
Agora as coisas tão fluindo, as palavras tão jorrando pro texto, mas nem sempre é tão fácil assim. Outra vez, relendo comentários daqui, me deparei com o de uma menina que dizia que meu blog a fazia sentir-se em casa. Putz! Não conseguiria pensar em nenhum motivo melhor pra voltar a escrever aqui, somando-se à minha vontade de apenas falar. Speak out!
Então, voltando ao assunto...espero que as coisas voltem a acontecer naturalmente, que essa minha roquidão passe de uma vez, que meu rascunho vire logo obra de arte. Que eu abra a porta e a janela e deixe o sol me ver nascer..
Enfim, acho que já deu pra entender o recado.


"E esta é a maior censura, aquela que não tem cura, que nasce dentro do autor" - Wado

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