sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Interrompemos a nossa programação

Dando um tempinho dos rascunhos para um breve intervalo não-comercial.

Eis que eu tava vendo as estatísticas do blog e percebi que só hoje recebi 11 visitas da Holanda. Como? Só se eles estiverem lendo as poucas coisas escritas em inglês aqui, como as quotes de filmes que eu gosto e transcrevo, ou citações literárias, ou até uns poucos textinhos que arrisquei escrever nessa língua. Além disso, os Estados Unidos são o segundo país que mais me faz visitas por aqui, antes até de Portugal.

Saca só o ranking, se te apetecer:

- Visualizações de página por país desde maio de 2010 -

Brasil: 1.081 visitas
Estados Unidos: 123
Portugal: 79
Holanda: 11
Coreia do Sul: 8
Equador: 7
Rússia: 5
Canadá: 3
Reino Unido: 3
Angola: 2
México: 2

-

Enfim, fico felizona com essas estatísticas. Claro que sei que o mais provável é que eles só tenham parado aqui por acaso, e que assim que percebem que o blog tá escrito em português, saem imediatamente. Sim, eu imagino. Mas só de pensar que tem gente lá do outro lado do mundo olhando algo, e talvez lendo algo, que saiu da minha humilde cabecinha que habita em São Luís do Maranhão; algo que nasceu íntimo, tímido, sussurrado..reflexões minhas sobrevoando os oceanos; expressões das minhas impressões sendo digeridas por pessoa que nem faço idéia de quem sejam, eu penso: PUTA QUE PARIU, internet! Puta que pariu.

Eu, filha da chamada geração 'millenium', cresci junto com a internet. Vivi alguns anos da minha vida sem que ela sequer fizesse parte do cotidiano das pessoas, acompanhei suas evoluções, em velocidade, em capacidade, e continuo acompanhando. Eu, que fiz parte de um mundo onde as pessoas rebobinavam a fita cassete no dedo, cresci ouvindo discos de vinil na radiola e usei celulares analógicos, ainda não perdi minha capacidade de admirar (sic) a globalização do globo.

Todos nós somos cada vez mais parecidos, mais próximos. Estamos mais perto. A todo momento pessoas dos mais diversos cantos do mundo têm acesso à sua rotina, seus pensamentos, seus gostos, sua imagem. Somos todos anônimos vivendo em um constante não anonimato. É muita coisa, é muita informação, é muita gente.

Certo, porém a intenção apriorística desse post nem era discorrer sobre a internet ou sobre o mundo globalizado. Na verdade o que eu queria era apenas avisar que ninguém de nenhum país francófono me visitou ainda, pas encore. E dizer que eu queria publicar a primeira tradução que fiz do francês pro português na vida, um poema de Baudelaire. É claro que agora, depois dessa verborragia intensa, eu preciso ficar em repouso. Então deixo vocês com o link de um vídeo muito bom que vi outro dia, e que fala sobre esses assunto que eu abordei aqui. Vejam mesmo, vale MUITO a pena. E se você teve paciência o suficiente pra ler meu texto até aqui, pode perder seu tempo vendo coisa bem mais interessante, como esse vídeo.


E é issaí!

Clica:

We all want to be young

sábado, 20 de novembro de 2010

Rascunhinho

- Rascunho abandonado em: 22/06/09


Às vezes tinha que segurar os pensamentos na cabeça e não deixá-los escapar à boca, sabia que sairiam numa voz encharcada de emoção que poderia facilmente inundar os olhos, permanecia calada.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais rascunhos

São 09:15 da manhã e eu ainda nem dormi. Já comecei a enjoar dessa história de rascunhos, então pra coisa andar mais rápido, agora eu vou postar mais de um por vez. E o bom é que esses que seguem aqui são pequeninos, então não fica um texto enorme. Sem longa introdução dessa vez. Lá vai:


- Rascunho abandonado em: 28/11/08


O espírito da escada

Aproveite antes que seja tarde, porque pode realmente ser. E você nunca sabe, nunca sabe quando é tarde demais. Talvez o cedo é que não exista, por isso viva, viva bem antes. Viva antes de descer a escada, aproveite o corredor.


- Rascunho abandonado em: 15/06/09

Parfois é melhor deixar pra lá, parfois é preciso brigar. Do lado de cá nada é diferente do que acontece acolá. O manto de bondade que te veste cobre a covardia de ser má. Medo de sangue.


- Rascunho abandonado em: 05/09/09

Sentados no chão, cercados por pessoas que dançavam e a festa que acontecia. Eram duas pessoas que se conheciam muito bem, mas ali, e depois de tanto tempo, agiam como dois estranhos que se gostavam levemente.
Alguém precisava tomar iniciativa. Ela o fez no início, e ele tratou de terminar.


-Nós dois somos muito parecidos. Me fala da tua vida, dos teus pensamentos de agora.
-Ah, eu não quero ser chata.
-E tu vai me deixar ser chato sozinho?
-Talvez por isso que a gente nunca tenha dado certo.
-É, eu sei. Por nós sermos muito parecidos.
-Talvez nem fosse pra dar.
-E talvez nunca seja.
-Mas eu queria dizer que te amo. E pedir desculpa, por tá dizendo isso muito atrasado.
- ...
-Isso de falar o que a gente sente realmente deixa a gente se sentindo bem mais leve.