sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Remendos para relembrar retalhos

Se ainda me quer,
mesmo que mal me queira
Peço que leia o que tenho a dizer
Senti saudade
só hoje fui perceber
Amanheci e anoiteci
Lembrei da voz, do sorriso
e tentei lembrar do que esqueci
e esquecer tudo que lembrei
Tentei fugir do que pensei
Vi que fugi e quis voltar
Mas não estava mais lá,
não encontrei
Quero que saiba de mim
Passe na Frei Querubim
Segure minha mão e diga:
"Dói tudo, faca-verbo, fadiga"
E pra evitar longas brigas
Que fazem parte da história antiga
Deixo um beijo,
um abraço e um aperto de mão
Já deixei parte do coração
Mas hoje sigo
Hoje o beijo é de amigo
O amor achou outro abrigo
E outros braços a paixão

2 comentários:

Siturcio disse...

Sinceramente tu és uma das escritoras mais profunda que já li e ainda assim, a cada nova palavra, cada verbo novo, consegue descer tão mais longe quando da última vez.

Sois brilhante, "menina"!

Se vossas palavras fossem ouvidas, estou certo de que muitas vidas seriam mais faustas. Tem um dom maravilhoso e, como ninguém, tem a perícia necessária ao usá-lo.

Um dia você mudará o mundo com suas palavras, senão isso, a vida de muita gente.

A cada passo seu por este mundo de palavras mais ditoso fico por conhecê-lo e por conhecê-lo mais sinto vontade de apreciá-lo e entender como há tanta pureza e graciosidade em tudo quanto escreve.

Um dia eu aprendo contigo o que é realmente escrever.

Parabéns.

Anônimo disse...

é bom mesmo. :)