quarta-feira, 3 de junho de 2009

Crônica de um desamor louco

Hoje não te amo nem te odeio. Apenas penso em ti, não sei se com carinho ou com cuidado, com pena ou arrependimento. Hoje às dez da manhã estava pensando em ti. Às seis da tarde também, e agora, às nove da noite continuo pensando.
Não costumo pensar em ti toda hora, geralmente dou um intervalo de duas a três. Penso no que passou e no que poderia ter passado, mas o futuro, que hoje é passado e ontem foi presente, não deixou. O futuro do pretérito imperfeito, qual será? E qual seria o futuro hoje se o pretérito tivesse sido perfeito?
Era uma vez e eu amara, amava, amei. Então foi-se uma vez e em vez de amar, odiei. E odeio, o fato de que talvez ainda ame, mas não como amava enquanto amei.


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Escrito enquanto eu estudava crônicas, inspirado por seu ningas e título parodiando Bull covi ski.

Um comentário:

Émile Robot disse...

Futuro do pretérito perfeito, sagaz de mais isso! Contudo gosto mais do presente, principalmente quando não sei o que tem dentro.