domingo, 5 de setembro de 2010

Nova política momentânea

Oi, tempão sem postar aqui. Achava que esse blog tava abandonado às moscas e ninguém, nem mesmo eu, aparecia mais por aqui. Felizmente eu descobri hoje a ferramenta "estatísticas" (que já nem deve ser nova, por sinal), que me mostrou quantas visitas o blog tem recebido por dia e me permitiu ver que as coisas por aqui não estavam tão abandonadas assim.

Então, não sei por que, mas resolvi adotar uma nova política a respeito daqui. Talvez pelo simples motivo de manter isso ativo mesmo quando eu não tiver tempo ou inspiração. A nova política consiste em postar todos os rascunhos antigos que nunca foram postados e ficaram presos na pasta rascunhos por todo esse tempo. Pois bem, a partir de hoje está decretado que os rascunhos se tornarão obra final. Eles também, bons ou maus, merecedores ou não dos elogios, críticas e comentários de vocês, merecem respirar. A partir de hoje é igualdade para todos, uma democracia de textos meus sendo implantada.

O pior é que alguns dos rascunhos têm razões de sobra pra não terem sido postados: me desagradaram, ou não me agradaram suficientemente pra terem sido publicados. Mas agora serão, vou dar uma de Caio Fernando Abreu e publicar minhas ovelhas negras. Só temo mudar de idéia ao me deparar com uma ovelha negra mal tosada (leia-se um texto tão hediondamente grotesco que meu superego não me permita postar aqui de jeito nenhum) e eu acabe virando uma governante corrupta, escondendo o rascunho dos rascunhos que virarão obra final. Caso isso aconteça, eu mesma torço para que os rascunhos tomem o poder e instaurem uma ditadura rascunhista, impondo seus direitos de aparecer, todos, sem que importe se são ovelhas ou bodes.

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E, pra fazer valer minha promessa, o primeiro rascunho dos muitos que virão até que acabe este regime de ovelhas negras, bodes, e vacas magras.

- Rascunho abandonado em: 03/09/2007

A graça das coisas

A graça de se tirar uma fotografia sorrindo é quando o sorriso é espontâneo, quando você já estava sorrindo por algum motivo, alguma alegria, e alguém, encantado pelo momento, se oferece para lhe fotografar. Não quando você pega uma câmera e mostra todos os dentes, tentando passar uma alegria plástica. Não funciona. A alegria que você passa com este sorriso forçado é tão falsa quanto a impressão que você quer causar.

A graça em ouvir um "eu te amo" é quando este vem inesperado. Quando a pessoa que lhe presenteia com esta simples frase, diz com significância e verdade, quando a sinceridade pode ser ouvida em cada sílaba. Não quando o "eu te amo" vem à toda hora como um "bom dia" ou um "que horas são?"

A graça em presentear alguém está na vontade de agradar. Na sensação que você espera que o outro sinta, quando esta sensação lhe agrada mais ainda, por simples prazer de deixar alguém feliz.

A graça em escrever um texto está na mensagem que você quer passar, na inspiração que lhe acomete e lhe força a escrever, na vontade que as palavras têm de respirar.

Um comentário:

Rb disse...

Querida,finalmente comento aqui, e logada, apresentando meu bulógui pra ti. Mas sempre te leio, pq tuas atualizações vão pro meu ''reader'', só que hoje vou externar minha opinião: Vc é escreve bem pra caramba, do jeito que gosto,palavras cheias de sentimento e da sensibilidade própria de você. Sério, adorei esse lugar, mesmo quando meu 'focus' fica confuso(hehehehe)e minha vista gira(adorei a imagem). Tá de parabéns, Érika! Beijo