domingo, 21 de outubro de 2007

Cresça e desapareça



O buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar aqui
com um olho aberto, outro acordado
no lado de lá onde eu caí

pro lado de cá não tem acesso
mesmo que me chamem pelo nome
mesmo que admitam meu regresso
toda vez que eu vou a porta some

a janela some na parede
a palavra de água se dissolve
na palavra sede, a boca cede
antes de falar, e não se ouve

já tentei dormir a noite inteira
quatro, cinco, seis da madrugada
vou ficar ali nessa cadeira
uma orelha alerta, outra ligada

o buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar agora
fui pelo abandono abandonado
aqui dentro do lado de fora

~~

4 comentários:

Anônimo disse...

tu escreves poesia?
gostei dessa.
e olha que eu nem sou chegada em poesia!

(foto ema ou bêbada, essa. huahuhua) - vírgula mal empregada, eu sei. huahuhuahu XD

nos vemos amanhan no ariano!
vai ser uma palestra, né?
será que paga?
será que tem limite de gente? x.x

:*

Alice Voll disse...

isso e musica?
nao? jura?
parece!

.*

c. disse...

Eu gostei também. Ficou bonito, algo como um misto de melancolia e desesperança (ou a esperança de algo que sabe que não vai acontecer).

Adicionei o seu blog nos meus favoritos agora. Tem muita coisa boa nele, (como sempre aliás...) ^^

ps.: E sim, fui eu quem escrevi tudo que está no meu blog. =)

;*

Air disse...

http://letras.terra.com.br/arnaldo-antunes/91698/

Não fui eu.
Quisera que fosse! (: